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terça-feira, 25 de março de 2014

Projeto pretende acelerar a liberação de defensivos agrícolas


defensivos agricolas 01 11 2013
O projeto que projeto que pretende acelerar a liberação de defensivos agrícolas já está na Casa Civil. A sugestão do setor produtivo é criar uma comissão interdisciplinar para avaliar os pedidos.

A demora nos registros tem causado prejuízos ao agronegócio brasileiro. Só a Helicoverpa armigera, tem provocado perdas bilionárias nas lavouras, devido à falta de produtos para combater a praga.

O texto define que as avaliações de produtos novos e genéricos sejam discutidas em reuniões abertas ao público. A comissão seria formada por um colegiado de especialistas nas áreas de saúde, meio ambiente e agricultura, além de representantes do Ministério da Agricultura, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Atualmente, os três órgãos analisam separadamente cada pedido e são responsáveis pela liberação dos registros de agroquímicos no Brasil.

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- Na análise de forma interdisciplinar tem como fazer todas as críticas aos diversos impactos que esse produto pode gerar. Hoje cerca de seis anos para um produto genérico e até sete para uma nova molécula. A pretensão é reduzir para seis meses o tempo para os genéricos, e entre um ano e meio ou dois anos, para as novas moléculas - diz o assessor jurídico, Reginaldo Minaré.

- Acaba que os produtores são levados a ilegalidade a usar outros produtos de outras espécies, já que não tem para o seu próprio produto registro de agroquímicos - diz a senadora Kátia Abreu.

A bancada ruralista no Congresso Nacional apóia a proposta e faz críticas ao atual processo.

- Nós precisamos ter agilidade nessas questões, o país está muito atrasado nessa questão. Portanto, vejo com bons olhos essa proposta. Na forma que está concentrado, hoje, na mão da ANVISA, Ministério do Meio Ambiente e MAPA, acaba não havendo sintonia e não são aprovadas as novas moléculas. O maior prejudicado é o produtor rural - salienta o deputado federal, Moreira Mendes.

A ANVISA discorda e afirma que o prazo de liberação é o mesmo do que o de países da Europa e Estados Unidos. A agência admite que o sistema em execução esta sobrecarregado, mas garante que não há necessidade de transferir o trabalho para uma nova comissão.

- Hoje quem tem competência definida por lei para avaliar os aspectos de saúde são os órgãos de saúde. E, para avaliar as questões ambientais, o IBAMA. Não sei se uma comissão faria melhor. Temos uma demanda muito grande de registros no Brasil, essa demanda esta aquém da nossa capacidade. Não resta a menor dúvida - diz a gerente geral de toxologia da ANVISA, Ana Maria Vekic.

Em nota, a Frente Parlamentar ambientalista afirmou que também é contra a criação da Comissão e alega que a liberação deste tipo de produto requer uma analise técnica cautelosa. Para o Ministério da Agricultura, o processo de regularização de registros precisa ser reformulado. A pasta tem discutido novas ações no comitê técnico de assessoramento de defensivos agrícolas.

- Estamos trabalhando nisso, vamos trabalhar numa proposta com muita clareza e transparência. Deverá ser a prioridade para a agricultura nacional que e deve ser atendida pelo Mapa, IBAMA e ANVISA - destaca o coordenador geral de defensivos agrícolas e afins do MAPA.

O setor produtivo acredita que a comissão vai definir critérios científicos e agilizar a aprovação de produtos. Porém, defende que o projeto seja tratado como prioridade pelo governo federal.

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