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sexta-feira, 15 de maio de 2015

“O Doce Veneno dos Campos do Senhor” é escolhida melhor reportagem televisiva pela Associação Nacional dos Procuradores da República


Incidência de câncer chega a ser 30% maior que a média





Na quarta-feira 18 de junho de 2014, o repórter Roberto Cabrini mostrou algumas das graves consequências do uso dos agrotóxicos no Brasil. Intitulada ‘O doce veneno nos campos do senhor’ a reportagem foi exibida no programa Conexão Repórter e mostra o uso indiscriminado de agrotóxicos: trabalhadores rurais totalmente desprotegidos, e a água contaminada que pode atingir populações inteiras.

 No sertão nordestino, a reportagem revela uma região onde a incidência de câncer chega a ser 30% maior que a média. Com câmeras escondidas, produtores mostram como a venda dessas substâncias ainda pede mais controle.

 A pesquisadora Raquel Rigotto – uma das organizadores do recém-lançado livro Dossiê Abrasco: um alerta sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde, é uma das entrevistadas.

Nesta terça-feira 5 de maio, a reportagem se uniu aos outros 13 vencedores do III Prêmio República de Valorização do Ministério Público Federal, em cerimônia promovida pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, em Brasília (DF). O evento reuniu autoridades, procuradores da República, jornalistas e instituições de responsabilidade social.

Esta é a primeira vez que a entidade inclui a categoria Jornalismo na premiação. “Os jornalistas são fundamentais no que diz respeito à conscientização e à divulgação de questões de interesse público que envolvem o MPF. Esse reconhecimento é necessário para selarmos essa atuação conjunta que, ao longo dos anos, vem apresentando o trabalho dos procuradores da República para a sociedade”, justificou o presidente da ANPR, Alexandre Camanho.

Rodrigo Janot, procurador-geral da República e integrante da Comissão Julgadora, ressaltou que o evento coroa a prática do bem fazer do Ministério Público Federal e a ação do dia a dia dos membros da instituição. “Quanto mais difícil é a tarefa, mais somos chamados para ser MPF. O que nos faz forte não é falar, é agir de forma reta e simples”, acrescentou. Entre todos os trabalhos inscritos, foram escolhidos como finalistas ações inovadoras, trabalhos históricos e documentos que garantem os direitos da sociedade e a cidadania.

Assista aqui à reportagem “O Doce Veneno dos Campos do Senhor” – Conexão Repórter (Autores: Roberto Cabrini, José Brito, Daniel Vicente, Nelson de Russi e Bruno Chiarioni)





Nota do blogue:

Trabalhadores desprotegidos que se contaminam todos os dias, não é exclusivo do sertão nordestino, isso acontece também nas regiões mais desenvolvidas do país - principalmente na agricultura familiar, e existe uma omissão muito grande da assistência técnica privada e oficial.

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