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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Agricultores com câncer entram na justiça contra a Monsanto

Tradução para o português por Flavio Siqueira Júnior



Por Carey Gillam, da Reuters


Dois agricultores dos Estados Unidos ingressaram com ações judiciais contra a Monsanto Co. alegando que o agrotóxico Roundup lhes causou câncer e que a empresa intencionalmente enganou o público e os agentes reguladores sobre os perigos do herbicida.

As ações são propostas seis meses depois da Organização Mundial de Saúde dizer que o glifosato, substância ativa do agrotóxico Roundup e outros herbicidas como “provavelmente cancerígeno para seres humanos.”

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Uma ação judicial foi proposta, em 22 de setembro, na Corte Distrital de Los Angeles (EUA) por Enrique Rubio, 58, anos. Um ex-agricultor que durante vários anos trabalhou em campos de pepinos, cebolas e outros hortaliças na Califórnia, Texas e Oregon.

Seus deveres incluíam a pulverização dos campos com Roundup e outros pesticidas antes de Rubio ser diagnosticado com câncer nos ossos em 1995, como mostra a ação judicial.

Em outro processo similar, proposto no mesmo dia na Corte Federal de Nova York, Judi Fitzgerald, 64 anos, afirma ter sido exposta na década de 1990 ao Roundup quando ela trabalhava em uma empresa de produtos de horticultura. Fitzgerald foi diagnosticada com leucemia em 2012.



O advogado Robin Greenwald, que apresentou o caso de Rubio, disse na terça-feira que espera que mais ações judiciais sejam propostas porque o Roundup é o pesticida mais utilizado no mundo e a classificação da OMS sobre os perigos canceríginos do produto fundamenta às preocupações de longa data sobre o produto químico.

“Eu acredito que haverá centenas de ações judiciais movidas ao longo do tempo”, disse Greenwald.

A porta-voz da Monsanto, Charla Lord disse que as alegações são infundadas e que o glifosato é seguro para os seres humanos quando usado de acordo com as orientações do rótulo.

“Décadas de experiência na agricultura e revisões regulamentares utilizando a mais extensa bases de dados de saúde humana já compilada sobre um produto agrícola contradizem as alegações das ações judicias e será defendido vigorosamente.”

As ações alegam que o Roundup era um produto “defeituoso” e “irracionalmente perigoso” para os consumidores, e que a Monsanto sabia ou deveriaa saber que o glifosato pode causar câncer e outras doenças e lesões, deixando de alertar adequadamente os utilizadores sobre os riscos.

As ações judiciais também defendem que a Environmental Protection Agency (EUA) somente modificou a classificação inicial do glifosato de “possivelmente cancerígeno para os seres humanos” para “evidência de não carcinogenicidade em seres humanos”, após pressões da Monsanto.

Os cientistas da OMS citaram vários estudos que mostram ligações de câncer ao glifosato, apesar da Monsanto dizer que as descobertas estão equivocadas.

A partir do posicionamento da OMS, advogados vêm buscando pessoas que acreditam ter doenças relacionadas ao uso do glifosato para ingressar com ações coletivas contra a Monsanto, mostram as postagens em sites jurídicos.


Retirado do Site: Brasil de Brinquedo

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